Arnold Schoenberg
Schoenberg escreveu pouco para piano solo, sendo a Suíte op.25 para piano a primeira obra a ser criada integralmente a partir de uma série única de notas - primeiro uso da técnica dodecafônica de Schoenberg. Mesmo assim, a novidade do seu método de composição ainda é ofuscada pelas tradicionais formas de danças usadas na suíte: prelúdio, gavotte, musete, minueto e trio além de uma giga.
Escrita em 1942, Schoenberg usa em "Ode a Napoleão Bonaparte, op.41" o procedimento dodecafônico, embora grande parte da obra soe tonal.Trata-se de uma partitura sobre um poema de Byron com uma formação bem inusitada: locutor, quarteto de cordas e piano.
"Pierrot Lunaire, op.21", peça que ganhou certa notoriedade como uma das mais radicais de Schoenberg, é escrita para uma declamadora feminina e um conjunto de música de câmara de oito instrumentos (flauta, piccolo, clarinete, clarone, violino, viola, cello e piano) executados por cinco músicos que só tocam juntos na última canção. O caráter surrealista da obra é intensificado pelo Sprechgesang (canção falada) da recitadora, parecendo pressagiar a loucura.
"Gurrelieder" é uma cantata épica originalmente concebida como ciclo de canções. A obra é carregada de simbolismo romântico e exige uma orquestra monumental, coros, solistas e narrador.
Schoenberg foi influenciado por compositores tão diversos quanto Bach e Mahler. Sua influência, por sua vez, foi imensa, em parte por intermédio de seus ensinamentos - Berg, Webern e Cage foram seus alunos.