Arnold Schoenberg

Schoenberg Schoenberg nasceu em 13 de setembro de 1874 em Viena vindo a falecer em 1951 em Los Angeles, sendo, provavelmente, o compositor do séc.20 que mais suscitou incompreensão e controvérsia. Criador do "dodecafonismo" (método de organização dos doze tons da escala cromática, conhecido como "sistema de 12 tons" ou "dodecafonismo serial") sua música rompeu com o passado, embora ele se julgasse parte da tradição da música alemã, abandonando a tonalidade como passo para um desenvolvimento musical. Após uma produção musical no estilo romântico, Schoenberg desenvolveu uma linguagem musical completamente nova. A Sinfonia de Câmara nº 1 composta em 1906 e o Quarteto de cordas nº 2 levaram a dissonância a patamares nunca imaginados. As Três Peças Op.11 para piano, composta em 1909, são, efetivamente, atonais e expressionistas. Essa "atonalidade livre" liberava Schoenberg de compor num tom específico, e melodias, antes, tradicionais foram substituídas por atitudes expressivas de alturas e dinâmicas radicais. Mais tarde, acaba por reduzir sua música a uma forma que reflete o neoclassicismo da época e, nos últimos anos, tende a uma reconciliação com a tonalidade.
Schoenberg escreveu pouco para piano solo, sendo a Suíte op.25 para piano a primeira obra a ser criada  integralmente a partir de uma série única de notas - primeiro uso da técnica dodecafônica de Schoenberg. Mesmo assim, a novidade do seu método de composição ainda é ofuscada pelas tradicionais formas de danças usadas na suíte: prelúdio, gavotte, musete, minueto e trio além de uma giga.
Escrita em 1942, Schoenberg usa em "Ode a Napoleão Bonaparte, op.41" o procedimento dodecafônico, embora grande parte da obra soe tonal.Trata-se de uma partitura sobre um poema de Byron com uma formação bem inusitada: locutor, quarteto de cordas e piano.
"Pierrot Lunaire, op.21", peça que ganhou certa notoriedade como uma das mais radicais de Schoenberg, é escrita para uma declamadora feminina e um conjunto de música de câmara de oito instrumentos (flauta, piccolo, clarinete, clarone, violino, viola, cello e piano) executados por cinco músicos que só tocam juntos na última canção. O caráter surrealista da obra é intensificado pelo Sprechgesang (canção falada) da recitadora, parecendo pressagiar a loucura.
"Gurrelieder" é uma cantata épica originalmente concebida como ciclo de canções. A obra é carregada de simbolismo romântico e exige uma orquestra monumental, coros, solistas e narrador.
Schoenberg foi influenciado por compositores tão diversos quanto Bach e Mahler. Sua influência, por sua vez, foi imensa, em parte por intermédio de seus ensinamentos - Berg, Webern e Cage foram seus alunos.