Antonio Vivaldi
Estudando para o sacerdócio, ordenou-se padre em 1703 obtendo, então, o posto de professor no Pio Ospedale della Pietá, que, até hoje, é uma instituição veneziana de caridade para moças pobres abandonadas, mas talentosas, onde ensinou e conquistou fama internacional para suas alunas. Fez, rapidamente, nome como compositor, e as publicações de suas músicas eram muito elogiadas. Em 1713 os diretores do Ospedale encomendaram-lhe diversas obras sacras, e ele começou a escrever óperas para a cena veneziana. Viajou bastante, compondo óperas para o carnaval de Mântua e Roma a partir de 1723, enquanto em Veneza os diretores lhe requisitavam dois concertos por mês.
Angelo Corelli pode ter criado o "modelo" para o concerto italiano, mas, foi Vivaldi quem mostrou o que podia ser feito com ele.
O gênio de Vivaldi como violinista e orquestrador pode ser visto nos papéis desafiadores que escreveu tanto para instrumentos solo como para conjuntos de câmara. E com as musicistas talentosas do Ospedale à sua disposição, podia talhar suas obras para virtuoses e combinações específicas para cada instrumento. Suas obras vocais também demonstram exigências técnicas constantes: As peças sacras solo e corais revelam algumas das muitas extravagâncias de sua escrita musical.
Entre suas obras destacam-se o Glória – RV 589, escrito para o Ospedale, onde ele exibe a riqueza e os contrastes do estilo barroco; o Concerto para Flauta Op.10 Nº 3 – RV 428 "O Pintassilgo”, famoso pelas claras evocações de trinados e os quatro concertos para violino e orquestra conhecidos como "As Quatro Estações" compreendendo o Nº 1 em Mi maior, RV 269 – Primavera – Nº 2 em Sol menor, RV 315 – Verão – Nº 3 em Fá maior, RV 293 – Outono – e o nº 4 em Fá menor, RV 297 – Inverno – que fazem parte de uma série de 12 concertos, publicados em Amsterdã, em 1725, intitulados "Il Cimento dell’ armonia e dell’ invenzione".
.png){kind=small}
