Recitativo

singerDesigna-se recitativo em música, uma escrita vocal, normalmente para uma só voz, que segue os ritmos e acentuações naturais do discurso e, também, seus contornos em termos de tonalidade. O trecho musical é cantado normalmente pelo solista, com ou sem acompanhamento. O termo recitativo, em italiano, indica que o que se canta é mais "recitado" que cantado.
Desenvolveu-se no período barroco, com as Paixões, as Cantatas e Madrigais, permanecendo até os períodos clássico e romântico em suas óperas.
Claudio Montiverdi foi um dos primeiros compositores a usar o recitativo em sua Cantata Combattimento de Tancredi e Clorinda (O Combate entre Tancredo e Clorinda) escrita em 1624, uma obra cênica e musical, com uma parte recitada e uma parte cantada. E em quase todas as Cantatas de Bach encontramos o recitativo.
Em Händel, Cimarosa, Gluck, Mozart e Rossini os recitativos são, geralmente, acompanhados por um cravo.
Durante o século XVII, a Ária tinha-se tornado um elemento dominante da ópera e o Recitativo um veículo para diálogos, bem como um elemento de ligação entre Árias.
A partir do século XVIII o recitativo cai em desuso como forma independente, mas permanece um veículo essencial de expressão em meio a óperas.
Alguns compositores introduziram em suas obras instrumentais passagens semelhantes a um recitativo, como por exemplo, Haydn em sua Sinfonia nº 7 e Beethoven em suas sonatas para piano op.31 e op.110 .