Tocata
O termo “Tocata” ou “Toccata” em italiano é derivado de “toccare” (em Português: “Tocar”). Designa uma das mais antigas formas musicais de composição erudita para instrumentos de tecla.
Os mais antigos trabalhos, desse tipo de composição, chegados até nós, datam da época da Renascença e são de compositores como Claudio Merulo, Andrea e Giovanni Gabrieli, dentre outros.
Estas “tocatas” começam, em geral, com uma série de harmonias cheias e sonoras, sem repetição de partes nem desenvolvimento de temas, mas, onde, aos poucos, introduziam-se passagens virtuosísticas, destacando-se, assim, a destreza do intérprete.
A “tocata barroca”, iniciando-se com Girolamo Frescobaldi, apesar de pouco diferir da forma renascentista, emprega valores mais breves, tem um tamanho maior e mais intensidade, além de nela existirem partes de fugas. Todavia, utiliza, sempre, harmonias compactas.
O grande mestre da “tocata barroca” é J. S. Bach. São famosas as suas “tocatas para órgão” onde se encontra um grande número de brilhantes improvisações. Suas “tocatas para cravo” são formadas de várias partes, incluindo a fuga que vem compor, também, a sua estrutura.
A partir desse período encontramos, menos frequentemente, a “tocata”, embora, de compositores como Czerny, Clementi, Pollini, Schumann e Prokofiev tenhamos recebido algumas obras notáveis com características próprias, sobretudo virtuosísticas.
Dos compositores modernos, Debussy e Ravel têm relevância pelas suas “tocatas” para piano no estilo “moto perpetuo” com movimento rápido e imutável que serviram de modelo para a atual concepção da forma.
J.S.Bach-Toccata e Fuga BWV 565!(colaboração de Cel Costa Pinto)