Rock é coisa de maluco. Será?

Ao contrário do que muitos pensam, existem mais músicos de rock com formação clássica do que podemos imaginar.
Estilos como Power Metal e o Metal Melódico são grandes exemplos, entre tantos outros.
Desde o final dos anos 1960, guitarristas passaram a ter uma influência mais forte da música erudita em suas composições e solos. Essa influência pode ser ouvida em músicos de estilos completamente diferentes, como Ritchie Blackmore, John McLaughlin, Al Di Meola, Steve Howe, Brian May e Frank Zappa.
Na década de 80, com a ascensão de nomes como Randy Rhoads e Yngwie Malmsteen, praticar frases de compositores como Vivaldi e Paganini virou uma febre e rotina de milhões de estudantes de guitarra em todo o mundo.
Hoje, cada vez mais guitarristas percebem que podem construir o futuro ouvindo e estudando a música criada no passado por compositores geniais.
O Power Metal italiano é melódico, normalmente clássico com sonoridade progressiva, com pesadas letras fantasiosas, com uma particularidade muito veloz. Essa cena explodiu nos anos 90, e ainda há bandas fortes no cenário do metal, como Rhapsody of Fire, Labyrinth, Thy Majestie, Elvenking e Vision Divine.
O Brasil já tem uma certa tradição no Power Metal, embora suas bandas não sejam muito conhecidas no país, possuem renome mundo afora. As duas grandes bandas brasileiras são o Angra e o Shaman. Pouco conhecidos do grande público brasileiro.
A Finlândia assim como a Itália, possui um Power Metal mais melódico, com fortes influências da música clássica. Duas bandas famosas do país são: Stratovarius e Sonata Arctica.

Vale a pena conferir esse vídeo. Ele mostra bem o que quero dizer neste artigo.


Apocalyptica é uma banda finlandesa que foi formada por três exímios violoncelistas e, desde 2005, um baterista.
Tem como especialidade o "symphonic metal" (heavy metal tocado por instrumentos de música sinfônica), tocando também música clássica. Todos freqüentaram a Academia Sibelius, em Helsinque, onde se conheceram e, em 1993, se juntaram para fazer, por diversão, arranjos com violoncelos.
Enfim, embora todos se apresentem de forma pouco erudita em seus trajes, tatuagens, cabelos, gestuais, etc., podemos encontrar muitos que são estudiosos da música clássica e grandes instrumentistas. Eles optaram por formar bandas ao invés de tocar em orquestras.
Sabendo disso não poderemos mais dizer que são todos eles um bando de doidos que só fazem barulho (embora tenha que admitir que muitos realmente sejam, não é mesmo?).
Até a próxima