Schubert – Música de Câmara
Schubert foi um mestre também em música de câmara. Para trios, quartetos, quintetos e octetos Schubert escreveu verdadeiras obras primas. Seus primeiros quartetos foram o quarteto em Mi b maior D.87, escrito em 1813, de um estilo puro clássico, inspirados ainda nos de Mozart e Haydn e o quarteto em Mi maior, escrito em 1816, onde ele já consolidava seu estilo pessoal. Dessa primeira fase destaca-se: O Forellen Quintett, para piano e cordas, D.67, conhecido, também, como “A Truta”, escrito em 1819 com cinco movimentos:
1 - Alegro vivace na forma de sonata
2 - Andante
3 – Scherzo: Presto
4 – Andantino – Allegretto (variações sobre a canção "Die Forelle")
5 – Finale: Alegro giusto.
Sua fase madura no âmbito da música de câmara começa em 1820, com um allegro em Dó menor, que nunca chegou a ser terminado. Dessa fase destacam-se os quartetos em Lá menor D.804, escrito em 1824; o quarteto em Ré menor D.810, “A Morte e a Donzela”, escrito entre 1824 e 1826; o quarteto em Sol maior D.887, escrito em 1826.
Escrito para quarteto de cordas, contrabaixo, clarinete, trompa e fagote, o Octeto em Fá maior D.803 de 1824 - inspirado no septeto Opus 20 de Beethoven - em sua forma, pode ser qualificada como uma suíte ou divertimento em seis andamentos.
Dois trios com piano, um em Si b, D.898 e o outro em Mi b, D.929, sendo este último, o mais conhecido e, talvez, o maior deles. Foi escrito um ano antes de sua morte.
No domínio da música de câmara, sua maior criação foi o quinteto em Dó maior D.956, escrito durante seu último ano de vida, no qual, a exemplo dos quintetos de Bocherini, Schubert acrescenta um segundo violoncelo, dois violinos e uma viola. Nostálgica e melancólica esta obra tem cerca de uma hora de duração de puro lirismo e de uma grande mestria contrapontística.