O Violino

- Instrumentos de Orquestra -

Numa orquestra moderna as cordas constituem, por assim dizer, a sua estrutura. São divididas em :
Cordas friccionadas (violino, viola, viloncello e contrabaixo)
Cordas dedilhadas (harpa, guitarra)
Cordas percutidas (piano, cravo, espinetas)
De todos os instrumentos musicais, atualmente em uso, somente as cordas possuem o mesmo formato externo que os seus antepassados de quatro séculos atrás. Todos os outros instrumentos precisaram ser substituídos por novos modelos.
O Violino, que já encontramos perfeitamente desenvolvido desde o século XVI, reúne as características de construção de vários instrumentos mais antigos : a forma do corpo vem da "viela" e da "lira de braccio" e a maneira de fixar as cordas, da rabeca. Na Itália era chamado de "viola de brazzo" para diferenciar da viola da gamba (perna) e já era desde o início provido de quatro cordas e afinado em quintas como hoje. É o instrumento indispensável numa orquestra sinfônica .
No norte da Itália foram fabricados diferentes modelos de violinos. Já em meados do século XVII, começou a crescer na Alemanha e no Tirol a importância das oficinas de luteria sendo destaque os modelos de Stainer, no Tirol, representando, então, durante quase 100 anos o ideal sonoro da música de cordas nos Alpes. Apesar da diversidade de modelos e de concepções sonoras, o violino conseguiu, até o século XVIII, manter-se longe das modificações radicais. No fim do século XVIII, a música européia se viu, profundamente, tranformada por uma virada histórica. Com o surgimento de compositores como Beethoven, por exemplo, as sonoridades dos instrumentos já não atendiam as necessidades dos compositores e ouvintes. Era preciso ter instrumentos mais potentes e mais robustos.
Graças aos fabricantes da época - geniais construtores de violino –  foi encontrado um meio de salvar o instrumento
desta crise : com cordas cada vez mais grossas foi necessário reforçar a antiga barra harmônica (pedaço de madeira colocado no interior do tampo do instrumento). Retirou-se o antigo braço, e, agora, inclinado, voltou a fixar a voluta original. Ao mesmo tempo, outro luthier , Tourte, fez modificações no arco, satisfazendo, assim, as condições importantes para o sucesso destes reforços. O arco moderno é mais pesado que os antigos, mais côncavo, o que faz com que a tensão das crinas cresça quando aumenta a pressão. Ele tem duas vezes mais crinas do que o arco antigo. Assim modificado e utilizado com o novo arco, o violino tornou-se quase que irreconhecível, principalmente, quanto a sua sonoridade.
Desde aproximadamente 1870, até nossos dias, todos os violinos antigos foram modernizados e soam completamente diferente da época de sua fabricação.

Violino - Video !